Dilatação de estenoses esofágicas com balão
As estenoses esofágicas frequentemente resultam de processos inflamatórios anteriores, como a ingestão de agentes erosivos, como a soda cáustica, ou mesmo após procedimentos oncológicos, como lesões causadas por radiação. Outra causa comum de estenose esofágica é a presença de lesões neoplásicas. Muitas vezes, as obstruções esofágicas também estão associadas à presença de fístulas, que consistem em comunicações anômalas entre o esôfago e estruturas mediastinais ou a cavidade pleural.
Quando a estenose é benigna, geralmente realizamos o tratamento apenas por meio da dilatação dessas áreas estenosadas, que pode ser feita de forma endoscópica ou com o auxílio do radiologista intervencionista guiado por fluoroscopia. Mais comumente, esse procedimento é realizado através da associação das duas abordagens.
Quando as obstruções esofágicas ocorrem devido a causas neoplásicas, geralmente é importante realizar o implante de uma prótese esofágica. Esse implante pode ser feito de forma endoscópica ou guiado por fluoroscopia pelo radiologista intervencionista. Nesse tratamento, implantamos uma prótese autoexpansiva de nitinol metálico na área de obstrução. Essa prótese permanecerá estável no local da estenose e promoverá sua constante dilatação, restaurando o lúmen natural do esôfago. Esse tratamento pode permitir que o paciente volte a ingerir alimentos pela via natural pela boca e também auxiliará no tratamento de fístulas e processos infecciosos consequentes às fístulas.